Moraes diz que Eduardo Bolsonaro intensificou 'condutas ilícitas' com postagens e ataques ao STF em redes sociais nos últimos dias

  • 19/07/2025
(Foto: Reprodução)
Lula sugere que Eduardo Bolsonaro foi aos EUA pedir para Trump dar 'golpe' no Brasil O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, avaliou neste sábado (19), em despacho, que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou as condutas ilícitas nos últimos dias por meio de "diversas postagens e ataques" ao Supremo Tribunal Federal em redes sociais. Moraes determinou que duas publicações, feitas nos últimos dias, sejam anexadas aos autos do processo que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Em uma delas, Eduardo Bolsonaro diz que o ministro do STF não poderá mais ir aos EUA, e, na outra, relativa à ação desta sexta-feira (18), que determinou que o ex-presidente use tornozeleira eletrônica, ele classificou o ministro como sendo um "ditador". "Após a adoção de medidas investigativas de busca e apreensão domiciliar e pessoal, bem como e imposição de medidas cautelares em face de Jair Messias Bolsonaro, o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro intensificou as condutas ilícitas objeto desta investigações, por meio de diversas postagens e ataques ao Supremo Tribunal Federal nas redes sociais", diz o despacho de Moraes. Foto de arquivo de 28/03/2023 do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL- SP) em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO A abertura do inquérito foi determinada após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo. De acordo com os procuradores, Eduardo Bolsonaro teria atuado no EUA contra autoridades brasileiras. No processo, a PGR já tinha citado postagens anteriores em redes sociais e entrevistas do parlamentar e afirmou que o deputado está tentando fazer com que o governo de Donald Trump imponha sanções a integrantes do STF. O inquérito foi aberto para apurar se Eduardo cometeu os seguintes crimes, apontados pela PGR: coação no curso do processo; obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa; abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As ações, segundo o órgão, também teriam como objetivo interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro. Jair Bolsonaro depôs sobre o caso Em 5 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, prestou depoimento à PF no âmbito do inquérito. Ele foi convocado a prestar esclarecimentos porque a PGR vê indícios de que o ex-presidente tenha sido beneficiado diretamente pelas ações do filho em território norte-americano. Após o depoimento, o ex-presidente afirmou que enviou "bastante dinheiro legal", R$ 2 milhões, para custear a estadia do filho nos EUA. Segundo Bolsonaro, o dinheiro foi enviado para que o filho não passe "necessidade" em solo norte-americano. A jornalistas, Bolsonaro disse que não existe "trabalho" ou "lobby" de Eduardo nos Estados Unidos para tentar "sancionar quem quer que seja no Brasil". Ainda sobre a presença do filho nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que tem "orgulho" do que Eduardo tem feito. A atuação do deputado licenciado, na avaliação do ex-presidente, tem a ver com defesa da democracia, e não com a coação de autoridades. Bolsonaro reconheceu que tem financiado a estadia do filho nos EUA. Trump defendeu Bolsonaro em nota O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou as redes sociais na segunda-feira (7) para publicar um post em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na Truth Social, o republicano escreveu que Bolsonaro é alvo de perseguição. O Palácio do Planalto respondeu ao recado de Trump, em nota. Lula também se manifestou após a publicação do americano e, sem citá-lo diretamente, afirmou que não aceita "interferência ou tutela de quem quer que seja". Trump disse que o Brasil está fazendo “algo terrível” no tratamento dado ao ex-presidente, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Lula (PT) em 2022. Sem mencionar diretamente as ações judiciais contra Bolsonaro, Trump disse que vai acompanhar de perto o que acontece no Brasil e que o ex-presidente "não é culpado de nada". Bolsonaro agradeceu O ex-presidente Jair Bolsonaro agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por uma publicação favorável a ele nas redes sociais. O ex-presidente agradeceu o "ilustre presidente e amigo" e disse que Trump passou por "algo semelhante", tendo sido "implacavelmente perseguido". Apesar disso, Trump conseguiu ser eleito presidente dos EUA pela segunda vez. Eduardo Bolsonaro também reagiu à publicação nas redes sociais, mas disse que "não pode dar mais detalhes" sobre a manifestação do líder norte-americano. "O que posso dizer é que esta não será a única novidade vinda dos EUA neste próximo tempo. Aproveito para agradecer a todos que se empenham nesta batalha" escreveu Eduardo, que se licenciou do mandato e está morando nos Estados Unidos.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/07/19/moraes-diz-que-eduardo-bolsonaro-intensificou-condutas-ilicitas-com-postagens-e-ataques-ao-stf-em-redes-sociais.ghtml


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